Chego em casa sentindo a exaustão dos últimos dias nos ossos. Estamos trabalhando triplicado, agora que Quimera e eu estamos à frente de todas as operações dos Falcões do Submundo.
Não tem sido fácil.
Para nenhum de nós, aliás.
Decidimos iniciar nosso próprio laboratório para encurtar uma perna no sistema de produção, transporte e comercialização de entorpecentes.
Isso significa que estou responsável por implementar toda a nova estrutura de distribuição. Nessa hora, minha faculdade de administração tem vindo a calhar. A parte logística é exaustiva, porém ainda é a minha especialidade.
Além de facas, é claro.
Por ora, ainda estamos na fase de construção do espaço. Minha Leoa está inspecionando as instalações pessoalmente, enquanto elabora seu trabalho de conclusão do curso de engenharia química.
Minha cunhada está se atualizando de todos os casos que a mamãe cuidava no escritório. Como também está concluindo o curso de Direito, tivemos que encontrar um advogado laranja apenas para “assinar” os processos. Porém as cabeças por trás são as da Megan e do meu irmão.
Quimera é, de longe, o mais sobrecarregado.
Ele precisa se apresentar a todos os parceiros de negócios, facções amigas e “não tão amigas assim”. Todas as organizações criminosas do mundo precisam conhecer o líder dos Falcões da Noite.
Isso significa muita viagem de um dia apenas para todas as partes do mundo.
Enquanto isso, ele me dá suporte na implantação de toda a nova estrutura, gerencia as reuniões do Conselho e ainda tem passado as noites junto de sua esposa lendo arquivos intermináveis de casos dos nossos pais que precisam ter continuidade.
Como disse, não está fácil para nenhum de nós.
E, sendo muito sincero, se não tivéssemos encontrado Nyx e Atena, não sei se conseguiríamos dar conta de tudo sozinhos.
Hades e Perséfone tinham décadas de experiência às suas costas, o que conferia a eles muito mais facilidade em lidar com todo e qualquer obstáculo.
Nós estamos aprendendo.
Rápido, é claro, afinal fomos preparados para tal a vida toda.
Só não imaginávamos que quando finalmente tivéssemos o peso da facção sobre os nossos ombros seria dessa forma tão violenta. Nos apegamos à ideia de que eles eram invencíveis e estariam aqui para nos apontar o caminho.
Nossos pais, nossos líderes, as pessoas que nos tiraram do lixo e nos tornaram príncipes. E agora reis.
Não poder ligar para Daphne para me aconselhar quando Nicolini e eu temos algum embate é algo que me dói. Literalmente, dói. Sinto nos ossos essa tristeza, assim como a sobrecarga de todo o trabalho que temos executado.
Subo os degraus de casa de dois em dois. Com pressa de chegar ao conforto do nosso quarto e abraçar a minha mulher.
A minha Leoa.
Abro a porta com cuidado para não acordá-la. Já passa das 2 da manhã e sei que a Nic precisa estar de pé em poucas horas.
A fresta de luz me permite vê-la deitada na nossa cama. Seus cabelos espalhados pelo travesseiro e seu corpo delicado aquecem meu coração imediatamente.
É sempre assim.
Tudo fica bem no instante em que a vejo. E melhora mil vezes quando a abraço junto ao meu peito.
Talvez ela não saiba, mas é a minha força.
O amor da minha vida.
Aquela que eu escolhi para reinar ao meu lado quando eu ainda era um garotinho emocionado.
Bom, emocionado eu continuo sendo, mesmo que já seja um homem feito e o segundo em comando nos Falcões da Noite.
Tiro os coturnos, a jaqueta de couro e começo a abrir a minha calça jeans sem fazer barulho.
— Projeto de gângster?
Sua voz rouca e sonolenta arrepia a minha pele todas as vezes que a ouço.
Porra, eu amo muito mesmo essa mulher.
— Cheguei, λέαινα μου — sussurro, chutando o jeans para longe e arrancando a minha camiseta.
Deito ao lado dela vestindo apenas a minha boxer e a puxo para perto do meu coração.
Ela se aninha no meu peito, escondendo o rosto na curva do meu pescoço.
— Como foi? — pergunta, fazendo seu hálito quente serpentear a minha pele e me arrepiar.
— Cansativo, mas conseguimos assegurar a linha de transporte pelo Texas.
— Meu orgulho — murmura, beijando a minha garganta.
Estamos ampliando a nossa rede de atuação para fora do estado da Louisiana. O Texas, que faz divisa com o México, é o nosso primeiro alvo. Conquistando aquele território, asseguramos contato direto com os principais cartéis mexicanos.
Ao mesmo tempo, estamos em contato com a família Federov, os mafiosos russos que comandam boa parte do sudeste do país.
Estamos ampliando nossas fronteiras. Um passo de cada vez.
— Nem pareço um projeto de gângster, hein, Pompons — provoco-a.
Nicolini ri baixinho.
— Sempre será o meu Projeto de Gângster.
Beijo sua testa, rindo.
Porra, como é bom tê-la comigo.
Roço meus lábios por seu nariz empinado, pelo canto de sua boca bonita e pelo queixo delicado.
Seu ronronar termina de acender meu corpo.
Ultimamente, ela tem estado ainda mais selvagem. Não pode me tocar que já começa a se esfregar no meu pau e procurar alívio para o tesão que parece não abandonar seu corpo gostoso nunca mais.
— Gostosa pra caralho — digo, mordendo seus lábios, enquanto ela sobe no meu corpo como a boa safada que é.
— Estava com saudades — responde, tirando a própria camiseta.
— Sempre estou com saudades de você, λέαινα μου (minha leoa).
Ainda que tenhamos fodido gostoso antes do café da manhã.
Algumas horas longe da minha mulher já doem.
Seus seios pequenos e perfeitos balançam de leve à minha frente e eu preciso cobri-los com as mãos.
Aperto os mamilos entumescidos entre os meus dedos e Nicolini geme alto, jogando a cabeça para trás.
Gostosa demais.
A exaustão dá lugar ao tesão incontrolável que eu sinto por ela. Sem sequer me dar espaço para preliminares, minha Leoa abaixa a minha boxer e empurra a própria calcinha para o lado, engolindo meu pau com sua boceta melada e apertada.
— Calma, λέαινα μου (minha leoa).
— Preciso de você — responde, despertando o meu cérebro para atender qualquer necessidade que ela possa ter.
Seguro seus quadris, que parecem mais largos nos últimos meses, e a ajudo nos movimentos.
Não que ela precisasse.
Nicolini senta no meu pau como se precisasse disso para viver.
Nossos gemidos aumentam rapidamente, tornando-se mais altos a cada sentada. Por sorte as paredes são grossas e com bom tratamento acústico. Melhor investimento de todos os tempos!
— Σ’αγαπώ (amo você!) — ela grita ao gozar no meu cacete como a deusa que é.
— Porra, eu amo você, λέαινα μου (minha leoa) — exclamo ao atingir o orgasmo também, enchendo a boceta da minha mulher de porra.
Ela sorri e sela meus lábios.
Seu corpo amolece e acho que vai voltar a deitar, mas seus olhos se arregalam e ela volta a sentar.
— O que houve, αγάπη μου (meu amor)?
Atena fica de pé e corre para o banheiro sem me responder.
Pulo da cama e sigo-a assustado.
Minha garota ajoelha no chão em frente ao vaso sanitário e vomita. A cena me assusta. Me apavora. O medo de que haja algo errado com ela é sufocante.
Mas o choque passa em menos de dois segundos, devido à adrenalina. Agacho-me às suas costas, segurando seus cabelos para o alto e acariciando suas costas.
— Vai passar, αγάπη μου (meu amor) — sussurro, acalmando-a.
Depois de mais de 10 minutos, finalmente ela levanta a cabeça e choraminga alto.
Percebo que terminou de vomitar e puxo-a para encostar as costas no meu peito.
— Vem, vou te dar um banho — sussurro, pegando-a no colo e levando para o chuveiro.
A água morna faz sua palidez sumir aos poucos e vê-la corada novamente me alivia.
O medo de que esteja doente é desesperador, mas não falo nada por enquanto. Nicolini está tão calada, com os olhos fechados e o corpo muito mole. Praticamente só se mantém de pé com a minha ajuda.
Depois do banho, seco seu corpo com cuidado, ainda apoiando-a nos meus ombros e a levo para a nossa cama.
Quando nos deitamos, Nicolini se aconchega no meu peito.
— λέαινα μου (minha leoa) — murmuro, tentando puxar o assunto. — Acho melhor irmos ao hospital. Você ficou muito pálida…
— Não precisa, amor.
— Mas…
— Não estou doente.
— Como pode ter certeza, Leoa? — pergunto, com um toque de desespero na minha voz. — Eu não posso te perder, Nicolini. Eu…
— Você não vai me perder, bobo.
— Mas…
— Stephan — chama, sentando nos próprios joelhos para me encarar.
— Sim?
— Você não vai me perder, Projeto de Gângster. Mas provavelmente nossa família vai aumentar um pouco.
— Hã? — balbucio, sem entender.
— Já venho sentindo enjoos há um bom tempo. Então nessa tarde comprei um teste de farmácia e…
— Puta que o pariu! — grito, sentando assustado.
— Nem ouse ficar bravo. Não é como se nós estivéssemos nos cuidando e…
— Bravo? Leoa, você realmente acha que eu estou bravo? — pergunto, chocado.
— Você parece apavorado, mas eu não vou tirar esse bebê. Eu…
Gargalho e a puxo para um abraço.
— Não mesmo, λέαινα μου. Esse bebê é um pouco de mim e um pouco de você. Eu estou feliz! Não acredito que nossa família vai aumentar!
Abraço-a mais apertado ainda e cheiro seu pescoço perfumado. Sempre sonhei em ser pai e devolver ao mundo o amor que recebi de Daphne e Demétrio, além do meu irmão.
— Nosso filho, λέαινα μου (minha leoa). Metade minha, metade sua. O primeiro herdeiro do submundo.
— Pode ser herdeira — Nicolini me corrige, mordendo o lábio. — Ou herdeiras talvez.
Gargalho.
— No plural?
Ela dá de ombros, sorrindo.
— Tenho um pressentimento de que teremos duas meninas, mas pode ser loucura…
Estalo a língua abstraindo o peso da informação. Duas princesinhas do Submundo para eu amar, cuidar e proteger.
— Talvez eu precise bater em uns filhos da puta, mas gosto da ideia de termos duas herdeiras, λέαινα μου (minha leoa).
Nic ri baixinho, então fica séria e suspira.
— Está com medo, meu amor? Juro que vou cuidar de vocês…
— Eu sei que vai, Steph. Não estou com medo só… — fica calada por um instante e engole em seco. — Podemos chamar uma delas de Giovanna? — pergunta, mordendo o lábio.
Puxo-a de novo para o meu peito, sentindo meu coração se encher ainda mais de amor.
— Gosto disso. E a outra poderia ser Daphne…
— Acho perfeito, αγάπη μου (meu amor).
— Perfeito como a nossa família.
— Eu te amo, Projeto de Gângster.
— Eu te amo mais, Pompons.
Perfeitos demais 😍
Perfeito, perfeito, perfeitoooooo! Cá, eu amo todos os seus livros, mas esse pra mim, é o meu favoritooooo. HAAAAAAA
Sim q cena extra perfeita 😍
Eu não to chorando não né!?… Ai como eu estava com saudades deles!! Nossa!,Carina sua linda obrigado por esse presente! Fez meu dia mil vezes melhor ❤
Ameii esse capítulo, amo a história deles. Vê a Nic superando tudo o que ela passou e construindo uma família com o ele, é lindo. Você é incrível Cá, amo seu universo.
QUEEEE AMOOOOR CARINA
MEU DEUS QUE PERFEIÇÃO, QUE COISA LINDA EU TO APAIXONADA.
OBRIGADAAA POR ESSE MOMENTO MARAVILHOSO DELES, EU AMOOO, AMOO E FICOU PERFEITO
Ahhhhh!!!!! Amei, amei, amei!!!! Que final mais que perfeito!!
Aaaaaaaa como eu estava com saudades ♥️
Q lindos eu amo demais 😻😻
Ahhhhh.
Meu Deus.
Que perfeição.
Carinaaaaa.
Eu preciso de mais.
Como é bom poder matar a saudade dos personagens q amamos e ver q eles continuam os mesmos e se amando ainda mais 🦅🦅🦅
Aí meu Deus….
Venha Giovanna e Daphne eu espero vcs anciosamente.
Perfeito que saudade deus até vontade de reler meu casal preferido de novo
Amei!
Como sempre arrasou e nos deixou de coração quentinho.
Maravilhoso
Olha… quando eu achei que teria superado esse casal, Carina vem com mais uma dessas!
Haaaa
Amei .
Tudo que você escre Cá.
Simplesmente é maravilhoso.
Perfeitoooooo
Cadê segunda geração. Mulher você mata a gente do coração assim
Amei
Aaah, que tudo!! Esse extra deixou meu coração mais quentinho por ler um momento tão fofo da Pompons com o Projeto de Gangster 🖤
Por favor Ca, faz um spin-off das filhas, nem que seja 2 contos dentro de um único livro 🙏🏻🥺